Em resposta, fabricantes chineses como a BYD estão a contornar estas barreiras através da instalação de unidades de produção na Europa, nomeadamente na Turquia e na Hungria.
No final de 2024, a União Europeia implementou “tarifas pesadas sobre os automóveis 100 por cento elétricos importados da China”, com a BYD a enfrentar uma taxa adicional de 17%, para além dos 10% já existentes.
Esta medida protecionista visa combater a crescente pressão da concorrência chinesa, que, segundo o comissário europeu para a Indústria, Stéphane Séjourné, representa um “desafio significativo”.
Para contornar estas barreiras, a BYD anunciou que irá produzir o seu modelo híbrido plug-in, o Seal U DM-i, na sua nova fábrica na Turquia a partir do final de 2026. Esta motorização não está abrangida pelas tarifas, o que explica o seu sucesso de vendas na Europa.
Adicionalmente, a fábrica húngara da BYD em Szeged, que deverá começar a operar ainda este ano, irá produzir o elétrico Dolphin Surf.
Esta estratégia de produção local permite à BYD evitar as tarifas de importação e reforçar a sua expansão no continente. Em paralelo, a UE planeia criar uma nova categoria de veículos elétricos pequenos e acessíveis, uma espécie de “carro do povo europeu”, com preços entre 15 e 20 mil euros, como outra forma de combater a concorrência chinesa.













