Estas medidas surgem após um encontro entre os presidentes Xi Jinping e Donald Trump, sinalizando uma pausa na escalada protecionista. Na sequência do encontro entre os dois líderes na Coreia do Sul, a 30 de outubro, Pequim e Washington acordaram suspender, a partir de segunda-feira e por um período de um ano, as “taxas portuárias mútuas” que tinham sido impostas em outubro. A China aplicava tarifas adicionais por cada viagem a navios de propriedade, operação ou bandeira americana, no valor de 56 dólares por tonelada, enquanto os EUA cobravam 50 dólares aos navios chineses.

Em troca, os Estados Unidos irão suspender investigações contra os setores marítimo, logístico e de estaleiros do gigante asiático. Adicionalmente, a China anunciou a suspensão da proibição de exportação de metais raros essenciais — gálio, germânio e antimónio — para os Estados Unidos. Esta medida reverte uma ordem de dezembro de 2024 e surge como uma retaliação a medidas anteriores dos EUA.

Estes desenvolvimentos representam um alívio nas tensões, que chegaram a incluir ameaças por parte de Donald Trump de impor “tarifas adicionais até 100% aos produtos vindos da China”. A flexibilização das restrições já se refletiu nas exportações chinesas de terras raras, que dispararam 75% entre setembro e outubro, pondo fim a três meses de quedas.