No entanto, a recente ameaça da Administração Trump de agravar estas taxas para 100% gera uma “incerteza acrescida sobre a competitividade global do setor”.
As consequências imediatas podem incluir o encarecimento de matérias-primas, pressão sobre os preços dos medicamentos e a fragilização das cadeias de fornecimento. Para Portugal, um país com uma forte orientação exportadora no setor farmacêutico — tendo exportado 1.390 milhões de dólares para os EUA em 2023 —, o impacto poderá ser significativo, especialmente em unidades de biotecnologia e medicamentos de elevado valor acrescentado. Apesar dos riscos, o estudo identifica oportunidades, como o estímulo à “reindustrialização europeia e reforço da autonomia estratégica na produção de medicamentos” e a atração de I&D para Portugal. Carlos Parry, líder de Healthcare da LLYC Europa, sublinha a necessidade de “quadros legislativos que ofereçam incentivos reais” para que a inovação continue a chegar aos doentes e o setor continue a gerar investimento.
O relatório conclui que apenas uma “resposta unificada europeia” permitirá manter a competitividade face às novas pressões globais.












