Estas medidas, que se seguiram a um encontro entre os presidentes Xi Jinping e Donald Trump, sinalizam uma pausa nas hostilidades que têm abalado os mercados globais. O acordo representa um alívio tangível nas tensões que marcaram o comércio internacional. Pequim e Washington concordaram em suspender, por um ano, as taxas portuárias que impunham mutuamente aos navios um do outro desde outubro. Estas taxas ascendiam a 50 dólares por tonelada líquida para navios chineses em portos americanos e 56 dólares para navios americanos em portos chineses.

Em paralelo, a China anunciou o levantamento da proibição de exportação para os EUA de metais raros essenciais, como gálio, germânio e antimónio, e suspendeu outras restrições a materiais como terras raras e componentes para baterias de lítio.

Em contrapartida, os EUA comprometeram-se a suspender investigações aos setores marítimo e logístico chineses.

Adicionalmente, o acordo incluiu a redução de tarifas sobre produtos específicos: a China retirou tarifas sobre determinados produtos agrícolas norte-americanos, enquanto os EUA reduziram para 10% as tarifas aplicadas a bens chineses ligados à cadeia do fentanil, prolongando a suspensão de tarifas mais elevadas até novembro de 2026.

Analistas da XTB consideram que estes avanços trouxeram “algum alívio aos mercados financeiros”, embora ressalvem que se trata de “uma pausa temporária numa rivalidade que continua a ser marcada por momentos de incerteza”. O otimismo gerado por este entendimento teve um impacto imediato e positivo nas bolsas mundiais, que reagiram favoravelmente à perspetiva de normalização das relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo.