Este impacto financeiro ocorre apesar de um acordo comercial recente que aliviou parcialmente as taxas aduaneiras.
Embora a Toyota esteja a caminho de um novo recorde de vendas globais, com um crescimento impulsionado pela forte procura na América do Norte, os resultados financeiros contam uma história diferente. O lucro operacional da empresa sofreu uma queda de 18,6% no primeiro semestre do ano fiscal, com a margem a reduzir-se de 10,6% para 8,1%. O principal fator desta pressão são as tarifas norte-americanas, que, nos últimos três meses, representaram encargos de aproximadamente 2,5 mil milhões de euros, totalizando 5,1 mil milhões no semestre.
O cenário poderia ser pior: um acordo comercial celebrado em julho entre o Japão e os EUA fixou as tarifas em 15% sobre a maioria dos produtos japoneses, um valor inferior aos 25% inicialmente anunciados pela administração Trump. Em troca, o governo japonês comprometeu-se com um pacote de investimentos para reforçar a presença da marca nos EUA. Apesar do alívio, a Toyota prevê que o impacto total das tarifas atinja cerca de 8,2 mil milhões de euros até ao final do exercício fiscal, evidenciando como as políticas comerciais continuam a ser um obstáculo à rentabilidade, mesmo para gigantes globais com produção local e forte presença no mercado americano.












