Esta visão otimista contrasta com as preocupações persistentes de vários setores industriais.
Numa intervenção durante a Web Summit, o ministro afirmou que a “incerteza das tarifas já passou” e que a situação “fique resolvida” em breve.
A sua confiança baseia-se no acordo assinado no verão entre os EUA e a União Europeia que, embora reconheça não ser ideal do ponto de vista macroeconómico, foi “muito importante” por trazer previsibilidade.
Como prova da recuperação, Miranda Sarmento apontou para o facto de, desde agosto e setembro, as exportações estarem novamente a subir.
O governante considera que os desafios relacionados com a defesa europeia são, atualmente, “mais preocupantes” do que as tarifas. Segundo Miranda Sarmento, “qualquer macroeconomista lhe dirá que as tarifas prejudicarão as economias e os consumidores, principalmente, os com baixos rendimentos”, mas o acordo permitiu estabilizar as relações comerciais. Esta perspetiva governamental procura transmitir uma mensagem de confiança aos mercados, sugerindo que, apesar das tensões, a economia portuguesa tem capacidade para se adaptar e que os principais riscos comerciais foram mitigados através do diálogo diplomático entre os blocos económicos.
A análise do ministro foca-se na importância da estabilidade para o investimento e o comércio, considerando que o fim da incerteza é, por si só, um fator positivo para a retoma económica.













