Estas barreiras comerciais contribuem para a estagnação do setor químico e para a crise na indústria automóvel, gerando preocupações sobre a competitividade europeia.
A federação da indústria química e farmacêutica alemã (VCI) alertou para um nível de produção que atingiu o seu mínimo em 30 anos, com “produção, faturação, preços, capacidades, todos os indicadores-chave em queda”.
Entre as causas apontadas estão os altos preços da energia, a burocracia e, de forma proeminente, as “tarifas de importação dos EUA”.
Esta situação tem consequências diretas na cadeia de valor, afetando outros setores.
A indústria automóvel alemã, um dos maiores clientes do setor químico, está a ser duplamente penalizada, não só pela concorrência chinesa e pelos custos energéticos, mas também porque “as tarifas dos Estados Unidos aplicadas sobre as exportações de automóveis alemães estão a prejudicar o subsetor de tintas e vernizes”. A combinação destes fatores está a fazer “‘resvalar’ a poderosa indústria automóvel germânica”, com previsões de mais de 100 mil despedimentos nos próximos anos.
A situação evidencia a vulnerabilidade da economia alemã, fortemente dependente das exportações, às políticas protecionistas e às disrupções no comércio global.
A pressão sobre estes dois setores estratégicos levanta questões sobre a capacidade da Europa para manter a sua base industrial e competir num cenário de crescente fragmentação geopolítica e económica.













