Apesar do pessimismo generalizado, surgem sinais de otimismo cauteloso, com declarações de membros do governo e movimentos nos mercados a apontarem para uma possível estabilização ou redução das tensões.

A instabilidade gerada pelas políticas comerciais norte-americanas é um tema recorrente.

O Barómetro da KPMG Portugal indica que “as tarifas comerciais dos EUA continuam a pesar nas opiniões” dos empresários, marcando o último trimestre do ano.

A relevância do tema foi tal que a Web Summit dedicou um painel específico às “tarifas norte-americanas”.

O presidente da AGEPOR, António Belmar da Costa, classificou a política protecionista como um dos “grandes fatores de instabilidade”, embora tenha expressado uma opinião pessoal de que “é preciso haver alguma equidade nas tarifas”.

No entanto, começam a surgir perspetivas mais otimistas.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, declarou que, no que diz respeito à incerteza, “o pior já passou” e que a situação deverá ficar resolvida em breve.

Esta visão parece encontrar eco nos mercados financeiros, onde as ações suíças subiram com “otimismo em relação a uma possível redução das tarifas americanas”.

Esta dualidade de perspetivas — entre a contínua preocupação com a instabilidade e a esperança de uma resolução — reflete um momento de transição, onde empresas e governos aguardam maior clareza sobre o futuro do comércio global, após um período de elevada turbulência.