Esta política protecionista forçou empresas e governos a reavaliar as suas estratégias comerciais e cadeias de abastecimento, tornando-se uma preocupação central para os líderes empresariais na Europa.
A abordagem de Washington, caracterizada pelo aumento de taxas sobre as importações, foi sentida em múltiplos setores, desde a indústria automóvel à química, passando por bens de consumo.
O Barómetro da KPMG, por exemplo, reflete esta apreensão, com Vitor Ribeirinho, CEO da KPMG Portugal, a notar que "o contexto internacional (...) e as tarifas comerciais dos EUA continuam a pesar nas opiniões" dos gestores, que revelam um "otimismo moderado" e esperam um crescimento contido.
Esta incerteza tornou-se um fator de risco significativo, influenciando decisões de investimento e as perspetivas de crescimento das empresas europeias, que se viram obrigadas a navegar num ambiente de menor previsibilidade. A estratégia norte-americana não só afetou diretamente as exportações europeias para os EUA, mas também provocou distorções no comércio global, com o receio de que as exportações chinesas, por exemplo, fossem desviadas para a Europa, aumentando a concorrência no mercado interno.
A instabilidade gerada pelas tarifas tornou-se, assim, um tema recorrente nas discussões sobre o futuro da economia, como evidenciado nos painéis da Web Summit, onde a questão foi debatida por ministros e especialistas.














