As tarifas de importação impostas pelos EUA, aliadas aos elevados custos energéticos e à burocracia, estão a minar a competitividade do setor face aos rivais americanos e asiáticos, levando a produção a níveis mínimos de há 30 anos.

A federação da indústria química e farmacêutica alemã (VCI) traça um cenário preocupante, com "produção, faturação, preços, capacidades, todos os indicadores-chave em queda".

Wolfgang Grosse Entrup, diretor da VCI, foi contundente ao afirmar que "as fábricas estão a fechar, os investimentos estão a ser deslocalizados e as carteiras de pedidos estão vazias".

A combinação de custos energéticos estruturalmente mais elevados, que enfraquecem a competitividade a longo prazo, e as barreiras comerciais impostas por Washington, cria uma "tempestade perfeita". Um estudo da Crédito y Caución corrobora esta visão, apontando que o setor deverá estabilizar apenas a partir de 2026, mas a menor competitividade internacional continua a ser uma questão preocupante, existindo o risco de os fabricantes alemães se mudarem para países com custos energéticos mais baixos. A situação é agravada pela previsão de que a China expanda a sua produção química, aumentando o excesso de oferta global e pressionando ainda mais os preços, o que torna a competição para os produtores europeus ainda mais difícil.