Antonio Filosa, diretor-executivo da Stellantis, criticou as metas de emissões da UE, considerando-as "erradas" e afirmando que a Europa "proibiu tecnologias nas quais era líder e impôs uma única tecnologia — a elétrica — onde (...) os chineses estão vinte anos à frente". O comissário europeu da Indústria, Stéphane Séjourné, partilha desta preocupação, alertando que, sem uma ação concertada, a produção de carros na Europa poderá cair de 13 para 9 milhões de unidades em dez anos. Séjourné defende maior flexibilidade na meta de 2035 e a necessidade de definir o que é um "carro europeu" para responder à concorrência. Embora admita que a imposição de tarifas possa gerar tensões comerciais, a possibilidade de medidas de controlo sobre o investimento estrangeiro e a diversificação de mercados de exportação, como a Índia, estão em cima da mesa. A indústria, por sua vez, através da AFIA, considera a meta de 2035 "inatingível" e apela a uma abordagem mais realista para não comprometer a competitividade do setor.