Esta decisão é uma resposta direta à instabilidade comercial e às tarifas impostas pela administração Trump, que aumentaram a urgência de reconfigurar as operações globais do construtor.

A diretiva da GM, emitida oficialmente no final de 2024, “ganhou uma nova força de necessidade depois das tensões e desentendimentos comerciais dos últimos meses”. A empresa está “saturada da instabilidade comercial entre a China e os EUA” e pediu a “milhares de fornecedores para encontrarem alternativas à China e eliminarem aquele país das suas cadeias de abastecimento”.

Para alguns fornecedores, o prazo estabelecido para esta transição termina em 2027.

O objetivo final é “transferir completamente as suas cadeias de abastecimento para fora do gigante asiático”, que domina setores críticos como os semicondutores e as terras raras.

A CEO da GM, Mary Barra, confirmou esta estratégia, afirmando que a empresa tem “trabalhado há alguns anos para ter resiliência na cadeia de abastecimento”. Shilpan Amin, chefe global de compras da GM, reforçou a importância de ter “controlo sobre a cadeia de abastecimento e saber exatamente o que chega e para onde”.

A reconfiguração é um processo complexo e demorado.

Collin Shaw, da Associação de Fornecedores de Veículos MEMA, alertou que “em alguns casos, isto estava a acumular-se há 20 ou 30 anos, e estamos a tentar desfazê-lo em poucos anos.

Não vai acontecer tão rápido”.