A análise governamental aponta para um impacto reduzido na economia nacional, caso se verifique uma intensificação da guerra tarifária.

A perspetiva do governo português sobre as tensões comerciais transatlânticas foi expressa pelo ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro.

Miranda Sarmento afirmou que “a incerteza das tarifas já passou” e que a situação “fique resolvida em breve”.

Apesar de considerar que o acordo assinado no verão entre Washington e Bruxelas “não foi um bom acordo”, reconheceu que foi “muito importante” para estabilizar as relações.

Esta visão é partilhada por Leitão Amaro, que, num painel na Web Summit dedicado ao tema, descreveu Portugal como “um país muito seguro, muito estável”.

A análise do impacto económico direto para Portugal revela uma preocupação moderada.

Um relatório académico citado num dos artigos indica que, embora os Estados Unidos sejam o quinto maior parceiro comercial de Portugal, representam apenas 7% das exportações.

Consequentemente, “uma guerra tarifária teria um impacto no Produto Interno Bruto (PIB) inferior a 0,1%”.

Esta avaliação de baixo risco fundamenta a postura de confiança do governo, que apela ao investimento estrangeiro, salientando a estabilidade política e económica do país como uma “raridade” no contexto atual.