A mais recente edição do barómetro da Executive Digest revela que, embora as receitas das empresas nos primeiros oito meses do ano estejam, na sua maioria (56%), em linha com o esperado, o contexto internacional continua a gerar apreensão. O barómetro identifica explicitamente que “o contexto internacional, apesar das boas notícias recentes em relação ao conflito no Médio Oriente, e as tarifas comerciais dos EUA continuam a pesar nas opiniões”.

Esta perceção de risco influencia as projeções futuras, com 70% dos inquiridos a esperar um “crescimento moderado” até ao final do ano. A análise de Vitor Ribeirinho, CEO da KPMG Portugal, corrobora esta leitura, afirmando que o “otimismo moderado” dos participantes é influenciado por fatores externos, incluindo as políticas comerciais norte-americanas.

A persistência das tarifas como um ponto de preocupação, mesmo num cenário de relativa estabilidade nas receitas, demonstra o seu impacto psicológico e estratégico no planeamento empresarial. As empresas operam num ambiente onde a ameaça de barreiras comerciais pode afetar cadeias de abastecimento, custos e acesso a mercados, forçando uma abordagem mais cautelosa ao investimento e à expansão.