Esta resiliência deve-se, em grande parte, à estrutura das suas exportações e ao volume de comércio relativamente limitado com os EUA. Segundo um estudo do PLANAPP, as exportações para os EUA representam apenas 1,3% do PIB e do emprego em Portugal. A Comissão Europeia corrobora esta visão, colocando Portugal, juntamente com Malta, Croácia, Estónia e França, no grupo de países "menos expostos", devido a "taxas de exportação baixas e exportações limitadas para os EUA". Esta situação contrasta com a de países como a Alemanha, cujas economias dependem fortemente de exportações de produtos altamente taxados, como automóveis e maquinaria.
No entanto, a baixa exposição geral não elimina os riscos setoriais.
O mesmo estudo do PLANAPP identifica a indústria têxtil como a mais vulnerável, com cerca de 400 milhões de euros de valor acrescentado e 14 mil empregos dependentes das vendas para o mercado norte-americano. Em segundo lugar surge a indústria de "produtos metálicos, exceto equipamentos", com um contributo líquido de quase 200 milhões de euros para o PIB e mais de cinco mil postos de trabalho associados. Curiosamente, o setor com maior volume de exportação para os EUA, os "derivados de petróleo", tem um contributo "residual" para a economia nacional, dado que a matéria-prima é importada e o setor é capital intensivo, com pouca geração de emprego.














