A Associação Europeia de Fornecedores Automóveis (CLEPA) admite que a indústria está a ponderar "alterações profundas" nas cadeias de fornecimento. O seu presidente, Matthias Zink, afirmou que reconfigurar o fornecimento de componentes essenciais como baterias, chips ou terras raras fora da China poderá demorar "entre três e sete anos".
A tensão agravou-se com o caso da Nexperia, uma fabricante de semicondutores neerlandesa controlada pela chinesa Wingtech. A decisão dos Países Baixos de limitar a influência da Wingtech levou Pequim a bloquear exportações de chips essenciais, ameaçando paralisar várias linhas de produção automóvel na Europa.
Este episódio, descrito por especialistas como um "risco estrutural", evidenciou como "decisões geopolíticas podem remodelar instantaneamente toda a economia de abastecimento".
O CEO da Ford, Jim Farley, alertou que os construtores chineses têm capacidade para "pôr-nos fora do mercado", sublinhando que a ameaça competitiva e geopolítica nunca foi tão grande.
Zink concluiu que a substituição de componentes chineses será "difícil durante décadas".














