Entre os principais fatores de preocupação estão as novas e "mais pesadas" tarifas impostas pelos EUA, que, aliadas a uma quebra na confiança dos consumidores, ameaçam comprimir as margens e condicionar a atividade da indústria. A perspetiva negativa é partilhada por vários analistas, que veem a combinação de custos acrescidos e uma procura mais contida como uma tempestade perfeita para o setor.
O relatório "Marketer’s Toolkit" da WARC destaca que, num contexto de tarifas imprevisíveis e instabilidade económica, o otimismo do setor caiu 11 pontos em relação ao ano anterior.
Os consumidores, por seu lado, tornaram-se mais cautelosos e procuram mais valor, o que obriga as marcas a repensar as suas estratégias de preço e posicionamento.
Esta dupla pressão – custos a subir devido às políticas comerciais e consumidores a retrair-se – força a indústria da moda a navegar num ambiente de elevada incerteza, onde a capacidade de adaptação e a gestão eficiente da cadeia de valor serão cruciais para a sobrevivência e competitividade. A situação evidencia como as tensões comerciais globais se repercutem diretamente em setores de consumo, alterando as dinâmicas de mercado e as expectativas de crescimento para os próximos anos.














