A Comissão Europeia implementou medidas de salvaguarda sobre as importações de ferroligas, estabelecendo quotas tarifárias para limitar o volume de produtos que entram na UE com isenção de taxas. A decisão visa proteger uma indústria considerada estratégica para a produção de aço e essencial para setores como a construção, automóvel e aeroespacial. A medida surge na sequência de uma investigação iniciada em dezembro de 2024, que concluiu que o aumento das importações estava a causar "prejuízo grave" à indústria de ferroligas da UE. Os dados revelaram um crescimento de 17% nas importações entre 2019 e 2024, o que resultou numa queda da quota de mercado dos produtores europeus de 38% para 24%.
As novas regras consistem em contingentes pautais específicos por país e por tipo de ferroliga.
O comissário europeu para o Comércio, Maros Sefcovic, defendeu a ação, afirmando que "uma salvaguarda baseada em contingentes pautais — concebida em estreita coordenação com a nossa indústria — é uma medida necessária e responsável para defender a resiliência da nossa indústria".
As ferroligas são cruciais para melhorar a resistência e a dureza do aço, sendo utilizadas por siderurgias e fabricantes de aço inoxidável.
Embora as medidas se apliquem a todos os países terceiros, foram desenhadas para "minimizar o impacto na cadeia de valor europeia integrada", estando previstas consultas trimestrais com parceiros como a Noruega e a Islândia para analisar os seus efeitos.
Em resumoEm resposta a um aumento significativo das importações que prejudicou a indústria local, a UE impôs quotas tarifárias sobre ferroligas. A medida, justificada como essencial para proteger um setor estratégico para a produção de aço, visa garantir a resiliência da indústria europeia, embora preveja mecanismos para minimizar o impacto na cadeia de valor integrada.