Embora o 'lay-off' tenha sido posteriormente levantado após a suspensão da intervenção neerlandesa e a retoma do fornecimento, o episódio expôs a vulnerabilidade extrema da indústria europeia.

A Nexperia é responsável por mais de 20% do mercado de semicondutores para o setor automóvel, e a sua interrupção afetou gigantes como a Honda, BMW e o Grupo Volkswagen, que criaram equipas de crise para gerir a situação. A Associação Europeia de Fornecedores Automóveis (CLEPA) alertou que reconfigurar as cadeias de fornecimento para reduzir a dependência da China poderá demorar entre três a sete anos. O presidente da CLEPA, Matthias Zink, admitiu que substituir componentes chineses será "difícil durante décadas", sublinhando que a disputa pelos chips é um "risco estrutural" para a economia europeia.