Face aos desafios demográficos, como o envelhecimento da população, e à baixa adesão a planos de poupança-reforma privados em países como Portugal, Bruxelas propõe que as empresas passem a inscrever automaticamente os seus trabalhadores em planos de pensões complementares, embora com a opção de saída voluntária.
Esta medida, segundo a Comissão, tem demonstrado "resultados muito positivos noutros países europeus, aumentando significativamente a taxa de participação".
Outra proposta central é a criação de sistemas de acompanhamento de pensões em cada Estado-Membro, que permitam a cada cidadão consultar todos os seus direitos de reforma — públicos, profissionais e privados (como os PPR) — num único local. A Comissão quer ainda reformar os fundos de pensões profissionais para incentivar a sua criação por parte das empresas, especialmente as de maior dimensão, e tornar a Pensão Pessoal Pan-Europeia (PEPP) uma alternativa mais simples e barata aos produtos de poupança tradicionais.
Maria Luís Albuquerque sublinhou que "as pensões não são apenas uma questão social — são também um poderoso instrumento económico", essencial para financiar a inovação e o crescimento.
As propostas serão agora negociadas pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho.














