Os resultados financeiros da Altri demonstram o impacto severo das condições comerciais globais, com o lucro a fixar-se em 12,4 milhões de euros, uma redução drástica face aos 89,6 milhões do período homólogo. As receitas totais caíram 19,7% para 537,8 milhões de euros, enquanto o EBITDA recuou 61,5% para 69,3 milhões.
A empresa justifica esta quebra com “variações cambiais e pelas tarifas”, especificando as “disrupções provocadas pela política americana de imposição de tarifas”.
O CEO, José Soares de Pina, afirmou que este contexto adverso concorre “ativamente para a pressão em baixa no preço das fibras celulósicas, bem como uma depreciação significativa do dólar”.
O segmento das fibras solúveis (DP) foi particularmente afetado pela expectativa de novas políticas norte-americanas sobre a importação de têxteis da Ásia, o que levou a um decréscimo da procura global e dos preços durante o primeiro semestre de 2025. A situação estabilizou no terceiro trimestre, com uma recuperação da procura e estabilização dos preços, que se espera que se mantenha no final do ano. Apesar dos desafios, a empresa antecipa uma melhoria da rentabilidade no último trimestre, atribuindo-a a uma “recuperação ligeira dos preços de fibras” e à “estabilização da política de tarifas americanas, sobretudo relativamente à China”.














