Esta situação evidencia a vulnerabilidade da indústria exportadora portuguesa às tensões comerciais globais, com impacto direto na rentabilidade e nas receitas.
A empresa comunicou que os seus lucros caíram para 12,4 milhões de euros, um decréscimo drástico face aos 89,6 milhões registados no período homólogo. O CEO, José Soares de Pina, descreveu o período como um “contexto muito adverso”, sublinhando que as tarifas norte-americanas “concorrem ativamente para a pressão em baixa no preço das fibras celulósicas”. Como resultado, o preço médio por tonelada de fibras BHKP atingiu no terceiro trimestre “o valor mais baixo dos últimos sete trimestres”.
As receitas totais do grupo refletiram esta pressão, caindo 19,7% para 537,8 milhões de euros, enquanto o EBITDA recuou 61,5%.
Apesar do cenário negativo, a Altri manifesta um “otimismo moderado” para o final do ano, antecipando uma melhoria da rentabilidade.
A empresa baseia esta perspetiva na “estabilização da política de tarifas americanas, sobretudo relativamente à China”, que poderá levar a uma recuperação dos preços e a um reequilíbrio entre a procura e a oferta no setor.
A gestão rigorosa de custos e a otimização dos níveis de produção são outras medidas implementadas para enfrentar as condições de mercado desfavoráveis.














