A companhia aérea alega um aumento de 120% nas taxas de navegação aérea após a pandemia e a introdução de uma “taxa de viagem de 2 euros”, medidas que, segundo a empresa, prejudicam a competitividade de regiões remotas. A transportadora acusa a ANA de não ter um plano para aumentar a conectividade de baixo custo e de usar a sua posição de monopólio para obter “lucros monopolistas”. A decisão implicará o fim de seis rotas e uma perda estimada de 400.000 passageiros por ano.
O Governo português, através do ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, recebeu as declarações com “enorme surpresa”, classificando algumas das afirmações como “desonestas” e garantindo que “não aceita ultimatos nem ameaças”.
O ministério contrapõe que “a taxa de rota aplicada aos Açores é a mais baixa da Europa e que a taxa de terminal se situa entre as mais reduzidas”. A ANA – Aeroportos de Portugal também se mostrou surpreendida, afirmando que “as recentes conversas com a companhia irlandesa [estavam] orientadas no sentido de aumentar, e não reduzir a sua oferta”. A concessionária acrescentou que as taxas nos Açores não sofreram alterações em 2025 e não há qualquer proposta de aumento para 2026.
No setor, a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) apelou a “soluções equilibradas”, enquanto o presidente da Visit Azores, Luís Capdeville Botelho, considerou a comunicação da Ryanair uma “forma de fazer pressão” negocial.














