Embora tenham sido acordadas isenções para produtos estratégicos como aeronaves, alguns químicos e matérias-primas críticas, o impacto das barreiras comerciais tem sido significativo.
A indústria automóvel, por exemplo, viu a Cupra arquivar os seus planos de expansão para os EUA devido a estas tarifas, que já custaram "centenas de milhões de euros" às marcas europeias. A JLR também reportou custos adicionais de 74 milhões de libras devido às tarifas de 10% (para o Reino Unido) e 15% (para a UE) sobre os seus veículos. Outros setores, como o da pasta de papel, sentiram igualmente o peso da "política americana de imposição de tarifas", com a Altri a justificar uma quebra de 86% nos lucros com as "variações cambiais e as tarifas". A situação gerou "turbulência da guerra comercial" e receios de recessão nos mercados financeiros.
Em contrapartida, a UE tem cumprido a sua parte do acordo, com o comissário Maros Sefcovic a destacar que as compras de energia aos EUA já atingiram 200 mil milhões de dólares este ano.
No entanto, o mesmo comissário reconheceu que "há mais trabalho pela frente, especialmente no aço e produtos derivados, onde se procura tanto reduzir tarifas como enfrentar juntos a sobrecapacidade global".
A Comissão Europeia prepara-se para apresentar em Bruxelas uma nova lista de setores que pretende isentar, procurando restaurar a previsibilidade nas trocas transatlânticas.














