Empresas desde o setor automóvel ao da moda enfrentam custos acrescidos e perturbações nas cadeias de abastecimento, enquanto os mercados financeiros reagem com volatilidade a cada novo desenvolvimento.

Os impactos são visíveis em diversas áreas.

A Jaguar Land Rover citou as tarifas impostas pelos EUA como um dos motivos para os seus prejuízos. A indústria de bens de consumo duradouros e o setor da moda também identificam as tarifas e o protecionismo como ameaças diretas ao seu crescimento, com potencial para aumentar os preços ao consumidor e obrigar a uma reconfiguração das cadeias de fornecimento. Em Portugal, o ministro da Economia, Castro Almeida, mencionou a necessidade de diversificar mercados numa altura em que "os Estados Unidos impõem novas tarifas".

O setor da saúde português também encara a política tarifária da administração Trump como um entrave real ao comércio.

A instabilidade gerada reflete-se nos mercados financeiros.

A queda das bolsas em abril foi atribuída aos anúncios de tarifas por parte dos EUA, e a Raymond James, uma empresa de serviços financeiros, destacou a recuperação dos mercados após o alívio dessas tensões como um dos motivos para otimismo. No entanto, a ameaça de novas barreiras comerciais continua a ser um risco latente, condicionando as decisões de investimento e a estratégia a longo prazo das empresas em todo o mundo.