Esta condição cria um impasse nas negociações, evidenciando a utilização de medidas protecionistas como ferramenta de pressão em disputas comerciais mais amplas.
A disputa comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia intensificou-se, com a administração norte-americana a condicionar o alívio das tarifas sobre o aço e o alumínio europeus a concessões da UE no domínio digital.
Atualmente, as tarifas sobre estes metais permanecem em 50%, um nível que penaliza fortemente a indústria europeia.
A proposta dos EUA para reduzir estas barreiras está, no entanto, diretamente ligada a uma exigência para que Bruxelas adote uma aplicação mais branda das suas regras digitais, o que cria um impasse complexo. Esta estratégia de negociação, que interliga setores distintos como a indústria pesada e a regulação tecnológica, reflete uma abordagem cada vez mais comum nas relações comerciais internacionais, onde as tarifas são usadas como alavanca para alcançar objetivos estratégicos noutras áreas. A situação gera grande incerteza para as empresas europeias, que antecipam a possibilidade de novas tarifas, levando-as a tomar medidas preventivas, como a antecipação de exportações, fenómeno que contribuiu para um aumento acentuado do excedente comercial da UE no início de 2025.
O impasse atual demonstra a dificuldade em alcançar um consenso, com ambas as partes a defenderem os seus interesses estratégicos, deixando a indústria europeia numa posição vulnerável.














