O novo presidente da ATP, Ricardo Silva, apela a uma resposta unida e a um maior investimento na promoção da marca "Portugal" para combater a crescente concorrência e a instabilidade dos mercados.
O setor têxtil e vestuário português, um pilar das exportações nacionais, atravessa um período de estagnação e incerteza, agravado por fatores externos. As tarifas impostas pelos Estados Unidos estão a ter um impacto direto, com as exportações de têxteis-lar para este mercado a registarem uma quebra de 2%.
Embora o setor no seu todo se mantenha resiliente, com as exportações totais estáveis face ao ano anterior, a pressão sobre segmentos específicos é notória.
Ricardo Silva, o recém-empossado presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), reconhece que, apesar da resiliência, "todas as empresas querem crescimento". Para combater os desafios impostos pelas tarifas e pela forte concorrência chinesa, o líder da ATP defende uma estratégia concertada de promoção da "marca Portugal". A sua proposta inclui a criação de um sistema de "moda colaborativa" e a alocação de 1% do Orçamento do Estado para a promoção externa. "Se houver uma marca Portugal em todos os setores, vamos ter sinergias e redução de custos", argumenta, sublinhando que "a promoção com comunicação, marketing e promoção direta é essencial" para aumentar o valor acrescentado e as exportações.














