Esta política comercial tornou-se um fator central de instabilidade, influenciando decisões de investimento e as perspetivas económicas para 2026. A análise dos artigos revela que as tarifas são um dos temas que marcaram o ano de 2025, contribuindo para a quebra de lucros em diversas empresas cotadas.
Companhias portuguesas como a Altri viram os seus resultados pressionados, em parte, pelas “tarifas dos EUA, a depreciação do dólar e os preços da pasta”.
O setor têxtil nacional também manifesta preocupação com o “efeito das tarifas dos EUA”, que se soma à crescente concorrência chinesa.
O impacto estende-se ao retalho norte-americano, onde os pequenos comerciantes enfrentam “baixo stock e atrasos nas entregas” no início da época natalícia, pois têm de optar entre pagar “taxas elevadas” sobre produtos chineses ou encontrar novos fornecedores a custos superiores.
A nível macroeconómico, o Banco Central Europeu (BCE) identifica as disputas comerciais e os “efeitos económicos e financeiros a longo prazo das tarifas” como riscos para a estabilidade financeira da Zona Euro, alertando para a exposição dos bancos a empresas sensíveis a estas medidas.
Embora um analista considere que o impacto inflacionário das tarifas tem sido limitado, a instabilidade geopolítica, que inclui a triplicação dos direitos aduaneiros sobre a UE por parte da administração Trump, continua a ser um fator de risco proeminente para a economia global.













