O seu impacto é vasto, afetando desde os preços ao consumidor até às decisões de investimento e às relações comerciais multilaterais.

A imposição de tarifas pelos Estados Unidos foi descrita como um ato que “dinamitou” o multilateralismo, criando um ambiente de elevada imprevisibilidade para as empresas, especialmente as exportadoras, como as portuguesas. O tema lidera a lista de preocupações dos bilionários para o próximo ano, com 66% a identificá-lo como um risco de topo. Os efeitos económicos são visíveis, resultando em “preços mais altos, perda de poder de compra, abrandamento no mercado de trabalho e maior incerteza para as empresas”. Líderes empresariais, como o CEO do BCP, Miguel Maya, advertem para a necessidade de “reduzir o risco e a dependência de mercados dominantes, para aumentar a resiliência das cadeias”.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, notou o impacto negativo das tarifas nas exportações da Zona Euro, embora tenha sugerido que uma maior integração do mercado único poderia compensar esses efeitos.

Empresas como a Altri sentiram o impacto direto nos seus resultados, com os lucros a serem afetados, entre outros fatores, pelas “tarifas dos EUA”.

A situação demonstra como as decisões de política comercial de uma única nação podem criar ondas de choque em toda a economia mundial, afetando a rentabilidade empresarial, o sentimento dos investidores e a estabilidade das cadeias de abastecimento.