A Nissan e a BMW são exemplos de como a indústria está a responder, combinando a reestruturação das cadeias de fornecimento com a pressão diplomática. A Nissan, cujas ações caíram 21% no acumulado do ano, está a adaptar-se através do aumento da produção local na América do Norte e do recurso ao “fornecimento duplo” de componentes para contornar o que o seu diretor financeiro, Jeremie Papin, classificou como um “obstáculo significativo”.
Esta estratégia de relocalização visa reduzir a dependência da importação e, consequentemente, a exposição às tarifas.
Por outro lado, a BMW está a exercer pressão sobre a União Europeia para que implemente rapidamente o acordo comercial já aceite pelos EUA, que prevê a redução de tarifas. O CEO da marca, Oliver Zipse, lamentou o atraso europeu, afirmando que “os EUA já implementaram a sua parte do acordo [...] A União Europeia ainda não o fez”, deixando a construtora sujeita a custos de importação elevados. O impacto destas tarifas estende-se a toda a cadeia de valor, afetando também fornecedores portugueses como a TMG Automotive, que antecipa custos mais elevados para a sua nova unidade nos EUA.














