Fabricantes como a Nissan e a BMW foram forçados a reajustar as suas estratégias de produção e cadeias de fornecimento para mitigar os custos e a queda no valor das suas ações. As tarifas impostas em abril sobre veículos estrangeiros são descritas como um “obstáculo significativo para todos os importadores para os Estados Unidos”.
A Nissan, cujas ações caíram 21% no acumulado do ano, está a adaptar-se através do “fornecimento duplo e de cadeias de fornecimento locais para componentes”, conforme explicou o seu diretor financeiro, Jeremie Papin.
A estratégia inclui o aumento da produção local na América do Norte para contornar as barreiras alfandegárias.
A BMW também enfrenta um cenário complexo, estando sujeita a tarifas de quase 31% sobre os veículos elétricos que produz na China, como os novos MINI, e a taxas na importação de veículos produzidos no continente norte-americano para a União Europeia. O impacto estende-se à cadeia de fornecimento, com empresas como a TMG Automotive a anteciparem que a sua nova unidade industrial nos EUA poderá ter custos mais elevados “devido às tarifas de Trump”.
Esta situação demonstra como as políticas protecionistas afetam não apenas os grandes construtores, mas também os seus fornecedores, obrigando a uma reavaliação dos investimentos e da localização da produção para manter a competitividade.













