A administração do Presidente dos EUA, Donald Trump, lançou uma "guerra tarifária" em abril, anunciando a imposição de impostos sobre as importações de produtos de "praticamente todo o mundo". Esta política protecionista, justificada como uma forma de corrigir uma "trapalhada" herdada e impulsionar um "'boom' económico como o mundo nunca viu", tornou-se um fator central de instabilidade para a economia global e europeia. A medida foi descrita como um "efeito perturbador" que afetou os mercados e corroeu os alicerces da economia europeia, que se submeteu "sem resposta própria e dignidade".
O Presidente Trump atribuiu a si próprio o mérito de estar a consertar a economia, afirmando: "Há onze meses, herdei uma trapalhada e estou a consertá-la".
No entanto, os artigos contrastam esta retórica com os seus efeitos adversos, como a aceleração da inflação e o enfraquecimento do mercado de trabalho nos EUA. A política tarifária também foi usada como uma ferramenta de negociação, com a ameaça ou aplicação de taxas a servir de moeda de troca em disputas comerciais, como no setor da aviação.
A estratégia, embora tenha acelerado o investimento interno nos EUA segundo uma análise, gerou uma "incerteza tarifária" que se tornou um dos principais constrangimentos para as empresas. A Federação das Indústrias Alemãs apontou as "tarifas Trump" como um dos fatores que contribuíram para a crise estrutural da economia alemã, evidenciando as profundas repercussões da política comercial norte-americana.
Em resumoA política de tarifas generalizadas da administração Trump, embora defendida como um motor de crescimento para os EUA, foi apresentada nos artigos como uma fonte de instabilidade global, gerando incerteza para as empresas, afetando os mercados e contribuindo para a desaceleração económica na Europa, apesar das promessas de um 'boom' económico.