A inflação, que vinha a diminuir após atingir o nível mais alto em quatro décadas em 2022, voltou a acelerar depois de Trump declarar a "guerra tarifária" em abril.

O índice de preços ao consumidor começou a aumentar a uma taxa anual de 3%, acima dos 2,3% registados antes do anúncio das tarifas. A administração Trump procurou enquadrar politicamente esta consequência, sugerindo que as receitas geradas pelas tarifas financiariam um novo "dividendo do guerreiro", um cheque de 1.776 dólares destinado a 1,45 milhões de militares. Esta medida ligava diretamente o custo adicional suportado pelos consumidores a um benefício para um grupo específico, numa tentativa de mitigar o impacto negativo da subida de preços na opinião pública. No entanto, a análise económica apresentada nos textos pinta um quadro de uma economia com "poucos motivos para inspirar confiança", onde o aumento dos custos de bens básicos como alimentos e habitação não foi acalmado pela retórica presidencial.