Esta medida protecionista agrava os desafios de um setor já a lidar com uma profunda transição para os veículos elétricos e uma procura global em abrandamento. A produção europeia de veículos deverá cair 2% em 2025, após um recuo de 5,1% em 2024, com a Alemanha a prever uma contração de 2,7% na sua produção em 2026. A Alemanha é particularmente afetada, uma vez que os EUA representam um dos seus principais destinos de exportação, com um valor de 33 mil milhões de dólares em 2024. O aumento das tarifas eleva os custos e força os fabricantes a "repensar as suas estratégias de aprovisionamento e de investimento". A situação de insolvência no setor é descrita como "tensa", com os bancos a mostrarem-se cada vez mais restritivos na concessão de crédito a fornecedores do setor automóvel. As tarifas somam-se a outras dificuldades, como a incerteza no fornecimento de semicondutores e a fraca despesa das famílias em compras de alto valor, contribuindo para um cenário de contração e reavaliação estratégica na indústria.