A história de June, interpretada por Elizabeth Moss, tornou-se uma das mais complexas e violentas do século XXI, refletindo sobre a liberdade, a opressão e o papel da mulher na sociedade contemporânea.
Baseada no romance de Margaret Atwood, a série transcendeu a ficção para se tornar um símbolo de resistência feminista em todo o mundo. Os artigos, que partem de uma discussão no podcast “No Último Episódio” com a ativista Gisela Casimiro, exploram a pertinência contínua da obra.
A série é descrita como um “trabalho de libertação constante”, encapsulado na ideia de que “só estamos livres quando todos estiverem”.
Esta perspetiva realça a mensagem central da narrativa: a luta pela liberdade é um processo coletivo e contínuo, onde cada indivíduo tem um papel a desempenhar.
A análise aponta ainda a relevância da série no contexto atual, onde se assiste a “mulheres no poder com discurso patriarcal”, um fenómeno que ecoa as complexas dinâmicas de poder e cumplicidade exploradas em Gilead.
Apesar de em Portugal estarem disponíveis apenas três temporadas na Prime Video, o impacto da série é inegável, tendo gerado um debate global sobre direitos reprodutivos, autoritarismo e resiliência.
A sua conclusão é, por isso, um momento significativo para a televisão e para o ativismo que inspirou.