No entanto, no final de julho, a estação reverteu a decisão, alegando que não chegou a acordo sobre “contrapartidas não financeiras” pretendidas pelo autor.
Rúben Pacheco Correia apresentou uma versão diferente dos factos, afirmando que foi ele quem não aceitou a proposta da TVI. Segundo o autor, o canal aceitou tacitamente as suas condições ao anunciar o projeto sem ter um contrato assinado, mas apresentou posteriormente uma proposta com condições “muito inferiores” às que tinha delineado, nomeadamente no que diz respeito a garantir o seu envolvimento criativo até ao final. A polémica adensou-se quando foi revelado que um jornalista da TVI tentou contactar e entrevistar Antonino Giuseppe Quinci, o traficante protagonista do documentário, apesar de saber que este tinha um contrato de exclusividade com Rúben Pacheco Correia.
Os advogados de Quinci responderam formalmente, alertando a TVI para a violação contratual e para as possíveis medidas judiciais.
O documentário acabou por encontrar uma nova casa na CMTV, que, segundo Pacheco Correia, lhe ofereceu as condições criativas e financeiras pretendidas, com a emissão prevista para outubro.