A produção do documentário “Rabo de Peixe – Toda a Verdade”, de Rúben Pacheco Correia, gerou uma polémica pública entre o autor e a TVI, culminando na rescisão do acordo de transmissão e na subsequente parceria com a CMTV. A controvérsia intensificou-se com a revelação de que a TVI tentou contactar o protagonista do documentário, mesmo sabendo da sua exclusividade contratual. O conflito iniciou-se quando a TVI, após ter anunciado publicamente a transmissão do documentário, apresentou um contrato que, segundo Rúben Pacheco Correia, não cumpria as condições previamente acordadas, nomeadamente no que diz respeito ao seu envolvimento criativo até ao final do projeto.
O autor recusou a proposta, e a TVI emitiu um comunicado a cancelar o projeto.
Pouco depois, foi anunciado que a CMTV iria transmitir o documentário em outubro.
A polémica escalou quando foi revelado que um jornalista da TVI contactou os advogados de Antonino Giuseppe Quinci, o traficante italiano protagonista do documentário, para tentar obter uma entrevista. Esta abordagem foi feita apesar de a TVI ter conhecimento do contrato de exclusividade que Quinci tinha com Pacheco Correia. Segundo uma fonte, a estação ter-se-á mostrado disponível para pagar pela entrevista e cobrir uma eventual indemnização pela quebra de contrato.
Os advogados de Quinci responderam formalmente, com conhecimento dos diretores da TVI e da CMTV, reiterando a exclusividade dos direitos detidos por Rúben Pacheco Correia e avisando para as possíveis consequências judiciais de qualquer violação contratual.
O caso expõe a intensa competição entre os canais por conteúdos exclusivos.
Em resumoUma disputa contratual levou ao cancelamento do documentário de Rúben Pacheco Correia na TVI, que acabou por ser adquirido pela CMTV. A polémica intensificou-se quando a TVI foi acusada de tentar contornar o contrato de exclusividade do autor ao contactar diretamente o protagonista do documentário para uma entrevista.