A pressão sobre a União Europeia de Radiodifusão (UER) intensifica-se, colocando em risco a unidade do histórico concurso musical europeu.
A polémica, que já marcou edições anteriores, ganha nova dimensão com a posição firme de várias nações.
Espanha foi uma das primeiras a manifestar-se, com o governo a defender que não se pode "normalizar a participação de Israel nos fóruns internacionais" e a admitir que poderão ser "tomadas medidas", embora a decisão final caiba à emissora pública TVE.
A Irlanda seguiu o mesmo caminho, com a estação pública RTE a considerar "inconcebível" a sua participação dada a "contínua e terrível perda de vidas em Gaza".
Os Países Baixos e a Eslovénia juntaram-se ao coro de protesto, manifestando o seu descontentamento e admitindo a desistência caso Israel suba ao palco em Viena, na Áustria.
De acordo com o regulamento da UER, os países podem retirar-se da competição sem sofrer penalizações financeiras, desde que comuniquem a sua decisão até dezembro. O tema será um ponto central na assembleia geral da organização, agendada para os dias 4 e 5 de dezembro, onde se espera uma decisão sobre os próximos passos a tomar face a esta crescente onda de contestação.