A emissora pública espanhola, RTVE, aprovou em Conselho de Administração, por maioria absoluta, a retirada do concurso caso Israel continue a competir, tornando-se o primeiro país do grupo "Big Five" (os maiores contribuintes financeiros do festival) a formalizar esta posição.

A esta ameaça juntaram-se oficialmente a Irlanda, os Países Baixos, a Eslovénia e a Islândia.

A justificação para o boicote, partilhada pelas várias nações, prende-se com a "contínua e terrível perda de vidas em Gaza".

A situação cria um precedente complexo para a EBU, que em 2022 agiu rapidamente para expulsar a Rússia após a invasão da Ucrânia, e agora enfrenta apelos para aplicar o mesmo critério a Israel.

A decisão final sobre a participação dos países e as possíveis sanções será discutida na assembleia geral da EBU em dezembro, mas a crescente união de vários países contra a presença israelita ameaça desencadear uma das maiores crises diplomáticas na história do concurso.