O caso, que dominou as conversas durante o verão, coloca em confronto a liberdade de expressão e os limites do humor com o direito à honra e ao bom nome.
O diferendo judicial teve origem em crónicas humorísticas de Joana Marques no seu programa "Extremamente Desagradável", da Rádio Renascença, onde a humorista satirizou declarações e a imagem pública dos cantores.
Os irmãos Rosado sentiram-se ofendidos e avançaram com um processo, alegando que as piadas ultrapassaram os limites da sátira e se tornaram ataques pessoais.
O julgamento decorreu em julho, ao longo de quatro dias de audiências que atraíram uma atenção mediática considerável.
Agora, o processo encontra-se "para conclusão para sentença", o que significa que subiu ao gabinete da juíza Francisca Preto para a decisão final.
Nos programas de comentário social, como o "Noite das Estrelas" da CMTV, o desfecho é amplamente debatido, com a maioria dos comentadores a apostar numa vitória de Joana Marques, defendendo o seu direito à sátira.
A comentadora Sílvia Botelho, por exemplo, afirmou acreditar que a humorista ganhará o caso, embora reconheça que "os 'Anjos' saíram magoados".
A decisão da juíza é esperada para breve e poderá estabelecer um precedente importante sobre os limites do humor e da crítica a figuras públicas em Portugal.