A polémica, que reflete as tensões geopolíticas atuais, coloca a União Europeia de Radiodifusão (EBU) sob pressão para tomar uma decisão semelhante à que levou à exclusão da Rússia em 2022.

Espanha tornou-se o mais recente país a oficializar a sua posição, com o Conselho de Administração da RTVE, a televisão pública espanhola, a aprovar por maioria absoluta a retirada do concurso caso Israel continue a participar.

Esta decisão é particularmente significativa, pois Espanha faz parte dos "Big Five", o grupo dos maiores contribuintes financeiros do festival.

A emissora espanhola junta-se assim a outros países como a Irlanda, Eslovénia, Islândia e Países Baixos, que já tinham manifestado a intenção de boicotar o evento.

A cantora portuguesa Lúcia Moniz também se pronunciou sobre o tema, defendendo que Portugal deveria fazer um "protesto claro" e recordando que "quando começou a guerra na Ucrânia, a Rússia foi posta de fora".

Os artigos mencionam que o novo regulamento do Festival da Canção em Portugal deixa em aberto a possibilidade de o país acompanhar a decisão de outras nações. A pressão sobre a EBU aumenta, com os críticos a argumentarem que a situação em Gaza justifica uma ação firme, enquanto a organização do festival tenta manter a sua tradicional postura de neutralidade política.

A decisão final da EBU será crucial para o futuro imediato do concurso, podendo levar a uma das edições mais politicamente fraturadas da sua história.