A trama é abertamente inspirada nos "factos públicos e notórios" do escândalo de 1989 envolvendo o arquiteto Tomás Taveira, cujas cassetes VHS com gravações íntimas foram vendidas à imprensa.

A antecipação da série provocou uma forte reação nas redes sociais, com muitos a temerem que a obra pudesse glorificar o agressor ou desrespeitar as vítimas.

A polémica intensificou-se ao ponto de o ator protagonista, Rui Melo, ter sido alvo de ameaças.

Em defesa da produção, figuras públicas como Nuno Markl intervieram, lamentando o que considerou ser um julgamento precipitado.

Markl sublinhou a qualidade da equipa criativa, liderada pela argumentista Patrícia Müller e pelo realizador João Maia, e argumentou que a série nunca teve a intenção de transformar o protagonista num herói.

Numa publicação, afirmou: "A ânsia de odiar é tal que se cilindraram algumas evidências".

Markl notou ainda que o primeiro episódio terminava com a divulgação do contacto da APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima), reforçando a sua natureza de denúncia social.

A TVI adotou uma estratégia de programação agressiva, estreando a série na mesma noite da nova novela da SIC, "Vitória", intensificando a rivalidade entre os canais.