A sua morte, ocorrida em Paris, foi amplamente noticiada em Portugal, onde a sua carreira deixou uma marca significativa, nomeadamente pela sua colaboração com o realizador Manoel de Oliveira no filme "O Gebo e a Sombra" (2012).

Numa entrevista à Lusa na altura, a atriz descreveu o cineasta português como um homem "extraordinário" e "cheio de energia", afirmando que trabalhar com ele era um desejo "já antigo".

A ligação da atriz a Portugal foi também recordada por figuras da televisão nacional, como Manuel Luís Goucha.

O apresentador da TVI partilhou uma mensagem sentida, lembrando a entrevista que lhe fez "há 32 anos" e refletindo sobre a imortalidade da sua arte: "Hoje dizem as notícias que morreu!

Como assim, se continuo a vê-la, sempre que queira, nas pantalhas?".

Considerada "a encarnação da beleza italiana", Cardinale participou em mais de 150 filmes, incluindo obras-primas como "O Leopardo" de Luchino Visconti e "Oito e Meio" de Federico Fellini.

O presidente francês, Emmanuel Macron, destacou o seu talento e a sua imagem de "mulher livre e inspiradora".

A sua morte representa a perda de um dos últimos grandes ícones da era dourada do cinema europeu, uma artista que, como ela própria afirmou, teve "a sorte de começar nos momentos mágicos do cinema".