foi suspenso pela ABC por uma semana, após comentários do apresentador sobre o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, gerando um intenso debate nos EUA com fortes repercussões mediáticas em Portugal.
A decisão da ABC, detida pela Disney, foi vista como uma cedência à pressão da administração Trump, que celebrou a suspensão e pediu o afastamento de outros apresentadores críticos.
A polémica começou quando Kimmel acusou a "pandilha MAGA" de explorar politicamente a morte de Kirk. A reação foi imediata, com o regulador das comunicações (FCC), liderado por um nomeado de Trump, a ameaçar revogar licenças, e duas grandes redes de canais locais, Nexstar e Sinclair, a boicotarem a transmissão do programa. A suspensão provocou uma onda de protestos, com centenas de artistas, incluindo Robert De Niro e Meryl Streep, a subscreverem uma carta em defesa da liberdade de expressão.
No seu regresso, Kimmel apareceu visivelmente emocionado, afirmando que "nunca foi minha intenção menosprezar o assassínio de um jovem".
Criticou as afiliadas que mantiveram o boicote, considerando a atitude "antinorte-americana", e atacou diretamente Trump: "Ele [Trump] fez tudo para cancelar o meu programa, mas, em vez disso, forçou milhões de pessoas a assistir". O regresso do programa bateu recordes de audiência, com quase 6,3 milhões de telespetadores, triplicando a sua média, apesar de não ter sido transmitido em cerca de um quarto das estações afiliadas. A Disney justificou o regresso após "conversas ponderadas" com o apresentador, mas a imprensa internacional especula que a perda de valor de mercado da empresa, estimada em 3,3 mil milhões de euros devido ao boicote de subscritores, terá sido um fator decisivo.














