O prémio foi entregue por Clara de Sousa, a anfitriã da noite, e por Francisco Pedro Balsemão, CEO do grupo Impresa, num dos momentos mais emotivos da cerimónia.
O discurso de aceitação de Isidro, com 80 anos, foi amplamente elogiado pela sua humildade, humor e profundidade.
Recordou o início da sua carreira, quando aos 15 anos foi rejeitado num casting por ser considerado "o mais feio", um episódio que o marcou mas não o deteve. Partilhou a sua filosofia de vida e de trabalho, afirmando que aprendeu que "ser provisório é sempre também um estímulo", uma lição que aplicou ao longo de uma carreira onde fez "de tudo o que havia para fazer".
Prestou ainda uma sentida homenagem a todos os profissionais do meio artístico — atores, cantores e técnicos — que, como a cigarra, "trabalham no verão para terem algo no inverno".
O momento alto do seu discurso foi a sua recusa em ceder ao saudosismo, declarando convictamente: "Jamais me ouvirão dizer 'no meu tempo é que era bom'. Neste tempo há gente com tanto ou mais talento do que a gente do meu tempo, não tenho dúvidas".
Esta afirmação, vinda de um pioneiro da televisão nacional, foi vista como uma poderosa mensagem de apoio e reconhecimento às novas gerações de talentos, demonstrando uma notável lucidez e generosidade.














