A série, exibida diariamente entre 22 e 27 de setembro, gerou imediatamente um intenso debate público devido à sensibilidade do tema, que envolve abuso de poder e a gravação não consentida de encontros sexuais. Protagonizada por Rui Melo no papel de Tomé Serpa, a trama aborda a vida dupla de um arquiteto de sucesso cuja reputação é ameaçada quando os seus segredos são expostos.
A argumentista Patrícia Müller e o realizador João Maia afirmaram que a intenção não era criar uma biografia, mas sim usar um caso público como ponto de partida para explorar temas universais e atuais.
João Maia admitiu ter ficado "um pouco assustado" com o desafio, mas aceitou por querer criar algo "dark, com elegância", focado na perspetiva das mulheres envolvidas.
A produção enfrentou controvérsia antes mesmo da estreia, com o ator Rui Melo a receber mensagens de crítica e ameaças nas redes sociais por parte de pessoas que temiam que a série glorificasse o protagonista. Em resposta, figuras como Nuno Markl defenderam o projeto, argumentando que "o caso tem pano para mangas para uma boa e útil série de ficção" e que as críticas eram prematuras.
A série foi elogiada por abordar um "fantasma coletivo" da sociedade portuguesa, promovendo uma reflexão necessária sobre consentimento e poder.














