A produção tem sido alvo de opiniões divididas.
O ator Rui Melo reagiu nas redes sociais, afirmando que o objetivo da série foi sempre “levantar debate e dar visibilidade a um tema sensível”.
Sublinhou que lhe interessa “a discussão, o dedo na ferida.
E a denúncia”, concluindo que, apesar das críticas, “valeu a pena”.
No entanto, algumas vozes críticas, como a da ativista Clara Não, apontam que a série, ao não nomear diretamente o caso real, arrisca-se a ser complacente e a perpetuar a normalização de expressões nascidas do abuso, como a infame frase “Estudasses”. A discussão estende-se à forma como a sociedade portuguesa lidou com o escândalo na altura e como a sua memória perdura, com frases dos vídeos a serem usadas em contextos humorísticos e até na praxe académica, o que é visto por ativistas como uma desvalorização do trauma das vítimas.
A série reabre, assim, uma ferida antiga, questionando não só os limites da ficção inspirada em factos reais, mas também o legado cultural de um dos casos mais mediáticos de abuso de poder e violação da intimidade em Portugal.













