Júlio Isidro, uma figura incontornável da televisão e rádio em Portugal, foi homenageado com o Globo de Ouro de Mérito e Excelência na XXIX Gala dos Globos de Ouro. Aos 80 anos, e com mais de 65 anos de carreira, o 'Senhor Televisão' subiu ao palco do Coliseu dos Recreios para receber o prémio e proferiu um discurso emotivo que percorreu a sua vasta trajetória profissional. No seu discurso, Isidro recordou o início da sua carreira na RTP aos 15 anos, quando, após ficar em primeiro lugar numas provas para apresentador, lhe foi dito que não entraria por ser “o mais feio”.
O momento, que o levou às lágrimas na juventude, tornou-se uma anedota numa carreira preenchida por programas icónicos como 'O Passeio dos Alegres', 'Fungagá da Bicharada' e 'Febre de Sábado de Manhã'.
O comunicador destacou a natureza provisória da vida artística, prestando homenagem a todos os profissionais da cultura.
Dirigindo-se à família, reforçou a importância de se manter ativo, afirmando que “o pai é e o pai faz”, e não apenas “foi” ou “fez”.
Revelou ainda um sonho de infância por cumprir, o de ser piloto, que não concretizou por ser daltónico.
Com uma nota de otimismo para o futuro, Júlio Isidro concluiu: “Jamais me ouvirão dizer ‘no meu tempo é que era bom’. Neste tempo há gente com tanto ou mais talento do que a gente do meu tempo, não tenho dúvidas”.
A homenagem foi um dos momentos altos da noite, celebrando um legado que atravessa gerações e que continua ativo na RTP Memória.
Em resumoNa gala dos Globos de Ouro, Júlio Isidro foi distinguido com o Prémio de Mérito e Excelência, celebrando os seus 65 anos de carreira. No seu discurso, recordou o início difícil, homenageou os profissionais da cultura e deixou uma mensagem de apreço pelo talento das novas gerações, num dos momentos mais emotivos da cerimónia.