A vitória da estação de Paço de Arcos foi garantida pelas audiências do consumo em diferido, vulgarmente conhecido como "gravações automáticas", que alteraram o resultado inicialmente favorável à TVI. De acordo com os dados finais, que incluem o visionamento de programas até sete dias após a sua emissão original, a SIC registou uma quota de mercado de 14,6%, superando por uma margem curta a TVI, que obteve 14,4%. A RTP1 ficou na terceira posição com 10,3% de share. Esta situação evidencia a crescente importância do consumo não-linear na medição de audiências e na definição do canal líder.

Uma semana antes da divulgação dos resultados consolidados, os dados provisórios apontavam para uma vitória da TVI, o que levou a uma celebração antecipada por parte da estação de Queluz de Baixo. No entanto, a análise do consumo diferido acabou por ser decisiva, "salvando" a liderança de Daniel Oliveira, diretor de programas da SIC, e revertendo o cenário. A vitória, ainda que por uma margem reduzida, permitiu à SIC reforçar a sua posição dominante no mercado televisivo português em 2025, num mês marcado por fortes apostas de programação em todos os canais generalistas, incluindo jogos de futebol, estreias de programas e a gala dos Globos de Ouro. A dependência dos dados consolidados para determinar o vencedor mensal reflete a intensidade da competição entre os dois principais canais privados e a mudança nos hábitos de consumo dos telespectadores.