O caso teve origem na análise satírica que Joana Marques fez à interpretação do Hino Nacional pelos Anjos.
O tribunal entendeu que a artista se limitou a manifestar "um olhar crítico e de escárnio" sobre a atuação, enquadrando-se nos limites do humor. A decisão judicial sublinhou que "o humor deve ter grande latitude" e que "não é possível dizer que a ré alimentou o ódio".
O veredito foi um dos temas mais mediáticos do mês, gerando um intenso debate público sobre os limites do humor, a liberdade de expressão e o direito à honra.
Após a decisão, Joana Marques deu uma entrevista à SIC, que registou uma vitória nas audiências contra a TVI, que, no mesmo horário, transmitia a primeira entrevista dos Anjos após a absolvição.
Este confronto mediático demonstrou o elevado interesse do público pelo desfecho do caso.
O advogado Pedro Duro, comentando a decisão, explicou que "nem todas as situações desagradáveis da vida têm relevância jurídica", reforçando a ideia de que a sátira, mesmo que mordaz, está protegida pela lei. O caso foi também comparado com o do humorista brasileiro Leo Lins, que foi condenado, mas o jornalista João Paulo Godinho esclareceu que se tratam de "casos distintos", sublinhando as diferenças entre os sistemas legais e a natureza dos comentários em cada situação.














